Fala pessoal!
Professor Marcelo Soares na área para mais um bate-papo.
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Pois bem. Feito os convites, vamos ao que interessa. Hoje, conversaremos sobre um tópico que é MUITO cobrado em administração pública para concursos públicos, Excelência nos Serviços Públicos, entretanto, por ser um assunto extenso, trarei apenas uma parte desse conteúdo, a parte de Modelo de Excelência em Gestão - MEG que é muito cobrado em provas de concursos.
O que são modelos de Excelência nos Serviços Públicos?
Ao estudar qualidade no serviço público, analisamos diferentes metodologias e modelos focados em orientar os serviços públicos para atender às necessidades do cidadão e direcionar a administração pública para a obtenção de resultados efetivos.
Implementar essa abordagem, embora simples na teoria, é complexo na prática, devido à diversidade de interesses e ao tamanho das estruturas organizacionais do setor público. Muitos dos modelos de excelência no serviço público foram inspirados nas práticas de gestão de qualidade do setor privado.
No Brasil, o Modelo de Excelência de Gestão (MEG), desenvolvido pela Fundação Nacional da Qualidade (FNQ), é uma referência significativa nessa área. Importante destacar que o MEG não é exclusivo para o setor privado; ele é abrangente e aplicável tanto em organizações públicas quanto privadas.
Paralelamente, existe o Modelo de Excelência da Gestão Pública (MEGP), específico para o setor público. Devido a essa especificidade do MEGP, há um equívoco comum, entre alunos, de assumir que o MEG se destina apenas ao setor privado, o que pode levar a erros, especialmente em provas e concursos públicos. Portanto, é crucial entender a aplicabilidade e o escopo de ambos os modelos para evitar confusões.
Na dúvida, vamos esquematizar para você não errar:
Modelo de Excelência da Gestão – MEG (muito cobrado em questões)
O conceito de excelência em gestão é definido como o alcance sustentável e proativo de resultados harmonizados para todas as partes interessadas de uma organização. Isso envolve gerir a organização através de sistemas e processos inter-relacionados, maximizando a contribuição dos colaboradores e promovendo o desempenho através de conhecimento, melhorias contínuas e inovações.
A excelência é vista como um objetivo sempre presente no horizonte de uma empresa, algo a ser perseguido constantemente, mas inalcançável em sua totalidade.
Neste contexto, o Modelo de Excelência de Gestão (MEG) atua como um modelo de referência que integra boas práticas de gestão de organizações públicas e privadas. O MEG baseia-se em fundamentos e valores compartilhados por organizações de classe mundial, conhecidos como fundamentos da excelência.
O MEG incentiva as organizações a realizarem autoavaliações para diagnosticar a maturidade da sua gestão, aplicável tanto em entidades públicas quanto privadas. Essa autoavaliação utiliza fundamentos e critérios de excelência, com subitens pontuados para determinar o grau de excelência da organização. Essa avaliação pode ser usada para a participação no Prêmio Nacional da Qualidade (PNQ), onde uma avaliação adicional pode ser realizada por agentes externos.
Fundamentos do MEG
Muitas questões exigem que você memorize os fundamentos do MEG e as bancas adoram lançar algumas pegadinhas nessa parte do conteúdo.
As bancas malandramente misturam outras características como transparência, clientes ou resultado para te induzir ao erro. Então, fiquei atento para memorizar exatamente cada um dos fundamentos. Vou te ajudar nessa missão por meio de um mnemônico: PLACA DOG
P | Pensamento sistêmico |
L | Liderança transformadora |
A | Aprendizado organizacional e inovação |
C | Compromisso com as partes interessadas |
A | Adaptabilidade |
D | Desenvolvimento sustentável |
O | Orientação por processos (processos) |
G | Geração de valor |
Esses fundamentos orientam a construção de um modelo de gestão, o qual, segundo a FNQ, incorpora o ciclo PDCL do inglês: Plan (planejar), Do (realizar), Check (verificar), Learn (aprender). Esse modelo que tem como principal característica ser um modelo integrador pode ser representado pelo diagrama do ciclo da gestão:
A representação gráfica do Modelo de Excelência de Gestão (MEG) é inspirada no Tangram, um quebra-cabeça chinês, simbolizando a ideia de que as organizações podem adaptar e remodelar esse modelo para adequá-lo ao seu próprio sistema de gestão. As principais características do MEG, conforme descritas pela Fundação Nacional da Qualidade (FNQ), incluem:
Modelo Sistêmico: Inspirado no ciclo PDCL (Plan, Do, Check, Learn), enfatiza o aprendizado e a melhoria contínua.
Não Prescritivo: Funciona como um modelo de referência e aprendizado, estimulando a reflexão e adaptação das práticas de gestão sem impor prescrições específicas.
Adaptabilidade: Pode ser ajustado a diferentes tipos de organizações, respeitando suas culturas e estimulando a obtenção de respostas através de práticas de gestão para torná-las mais competitivas.
A FNQ também destaca vários benefícios da implantação do MEG, como:
Promoção da competitividade e sustentabilidade.
Oferecimento de um referencial para a gestão organizacional.
Estímulo ao aprendizado organizacional.
Possibilidade de avaliação e melhoria abrangente da gestão.
Preparação para participação no Prêmio Nacional da Qualidade® (PNQ).
Melhoria na compreensão das expectativas das partes interessadas.
Mensuração objetiva dos resultados do negócio.
Desenvolvimento de uma visão sistêmica nos executivos.
Estímulo ao comprometimento e cooperação entre colaboradores.
Incorporação da cultura da excelência.
Uniformização da linguagem e melhoria da comunicação gerencial.
Realização de diagnósticos objetivos e mensuração do grau de maturidade da gestão.
Enfoque na integração e alinhamento sistêmico das práticas de gestão.
Vamos consolidar o que aprendemos hoje com uma questão resolvida:
FCC – DETRAN/MA – Assistente de Trânsito – 2018
Entre os fundamentos de excelência considerados pela Fundação Nacional de Qualidade − FNQ se insere:
a) planejamento estratégico: com o estabelecimento de metas e indicadores para orientarem a atuação da organização.
b) downsizing: enxugamento, com redução de posições e redundâncias, visando a evitar o retrabalho e aumentar a produtividade.
c) reengenharia: que corresponde ao conceito de “folha em branco”, a partir do qual novos paradigmas podem ser estabelecidos.
d) adaptabilidade: flexibilidade e capacidade de mudança em tempo hábil, frente a novas demandas das partes interessadas e alterações no contexto.
e) accountability: dever de responder por uma responsabilidade outorgada, prestando contas à sociedade.
COMENTÁRIO:
Temos 8 fundamentos da excelência segundo o MEG (21ª edição):
1. Pensamento sistêmico;
2. Aprendizado organizacional e inovação;
3. Liderança transformadora;
4. Compromisso com as partes interessadas;
5. Adaptabilidade;
6. Desenvolvimento sustentável;
7. Orientação por processos;
8. Geração de valor.
A única alternativa que traz um desses fundamentos é a alternativa “D”.
Gabarito: D
Espero que tenha curtido nosso bate-papo de hoje. Como mencionei anteriormente, o conteúdo de Excelência nos Serviços Públicos é extenso e neste artigo, abordamos somente a parte inicial. Você pode encontrar mais material dos meus materiais estudos e se aprofundar mais sobre o tema de algumas formas:
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Forte abraço e até o nosso próximo encontro!