Apesar de longe de dar uma resposta definitiva (se é que ela existe), a literatura da Administração fornece algumas evidências interessantes.
Os estudos mais recentes sugerem que a carreira profissional pode ser avaliada a partir de uma dupla perspectiva: objetiva e subjetiva (psicológica).
As duas perspectivas são interdependentes e estão corretas. Nenhuma é melhor do que a outra. São apenas distintas.
Dentro de uma perspectiva objetiva, o sucesso na carreira seria mensurável a partir da renda, promoções, nível de autonomia e empregabilidade. Em uma perspectiva subjetiva, o sucesso seria mensurável a partir da satisfação no trabalho e do senso de congruência de identidade do indivíduo com o trabalho.
O que acho mais curioso desse assunto é que as pesquisas longitudinais (realizadas em períodos diferentes com os mesmos indivíduos) evidenciam que o mesmo indivíduo avalia o próprio sucesso de maneira muito diferente ao longo do tempo. Até mesmo o que ele entende como sua vocação muda ao longo do tempo como uma decorrência da mudança de sua própria identidade.
Em Português claro: nós mudamos ao longo do tempo e isso influencia a maneira como percebemos nossa própria carreira.
Sabe aquele emprego dos sonhos?
Então, é possível (diria até que é provável) que o emprego dos sonhos mude bastante ao longo de toda sua carreira, o que te conduzirá a um novo ciclo de objetivos e esforço.
Tudo isso conduz a compreender cada vez mais o sucesso como um estado (momento) e não como uma linha de chegada.
De minha parte, continuarei a perseguir a inalcançável linha de chegada sem deixar de aproveitar cada instante dessa corrida. 😉
Referências:
Hall, D. Chandler, D (2005). Psychological success: When the career is a calling. Journal of Organizational Behavior.
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